Rússia considera uso de armas americanas em solo russo como envolvimento direto da Otan

Declaração surge após autorização dos EUA para uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia em resposta aos ataques russos

Por Redação com informações de Metrópoles 18/11/2024 - 11:48 hs
Foto: Contributor/Getty Images


Durante uma coletiva de imprensa no último domingo, 17 de novembro, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, considerará o uso de armas de fabricação americana em ataques em solo russo como um envolvimento direto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no conflito. A declaração foi feita após os Estados Unidos autorizarem o uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia para revidar as forças russas.

 

 

Segundo informações do The Guardian, Peskov reiterou que não houve mudança na posição de Putin desde setembro, quando o presidente russo sinalizou que ataques com armas americanas seriam vistos como uma responsabilidade da Otan. O porta-voz também afirmou que o governo russo tomou conhecimento da decisão do presidente americano, Joe Biden, por meio da imprensa.

 

Biden autorizou o uso do Sistema de Mísseis Táticos (HIMARS), com alcance de cerca de 80 km, para atacar forças russas posicionadas ao longo da fronteira. No entanto, o uso do ATACMS, um míssil de longo alcance com capacidade de atingir alvos a 300 km, não foi permitido para a defesa da cidade de Kharkiv.

 

Ataques à Ucrânia Escalam Tensão


No mesmo domingo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, informou que a Rússia lançou um ataque combinado massivo contra a infraestrutura de energia de várias regiões ucranianas. Ao todo, 120 mísseis e 90 drones foram disparados, resultando na morte de duas pessoas e deixando seis feridos.

 

Em resposta aos ataques, Zelensky declarou que os mísseis disparados pela Ucrânia "falarão por si", referindo-se à autorização dos Estados Unidos para o uso de armas de longo alcance no conflito. As forças ucranianas deverão utilizar os mísseis fornecidos pelos EUA para atingir tropas russas e norte-coreanas, principalmente na região de Kursk, no oeste da Rússia.